Este é um projeto de PD&I com foco em empreendedorismo tecnológico, desenvolvimento de software em tecnologias habilitadoras e capacitação tecnológica.
O mercado mundial de aplicações móveis é estimado hoje em torno de 100 bilhões de dólares e cresce a uma taxa anual aproximada de 14% (Market Research Future, 2019). Trata-se de um mercado inesgotável realimentado continuamente pela disponibilidade de novas tecnologias, técnicas, dispositivos e áreas de aplicação. Estas, em particular, deverão ter crescimento explosivo nos próximos anos, em virtude da disseminação de novas tecnologias e tendências como Internet das Coisas (IoT), Edge Computing, Blockchain e Indústria 4.0, entre outras.
O Brasil corre sério risco de não participar da disputa por esse mercado pela escassez de mão de obra qualificada para o setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Segundo estudos da Softex, no Brasil, em 2022, o déficit de profissionais de tecnologias da informação deverá superar 400 mil, ocasionando (no final do período da análise: 2011-2022) uma perda de negócios de quase R$ 140 bilhões para o setor (http://softex.br/inteligencia/).
O outro lado dessa escassez é a qualidade da formação dos recursos humanos. Quanto a isso, é notório o descompasso entre escolas (principalmente academia) e empresas. Além de objetivos diferentes, com o aumento da velocidade de criação e disseminação de novas tecnologias, as escolas, em geral, têm dificuldades para manter as ementas de seus cursos atualizadas e alinhadas com as demandas e necessidades das empresas.
Para contornar este cenário e manterem-se competitivas as empresas investem cada vez mais em complementar a formação de seus colaboradores, promovendo cursos e treinamentos que são ministrados tanto no momento do recrutamento de novos profissionais quanto no processo de reciclagem de seu quadro de colaboradores. Estes investimentos são realizados de forma isolada, ou seja, cada empresa cria seu próprio programa de capacitação inicial ou de reciclagem de talentos e se responsabiliza pela sua operacionalização, criando muitas vezes, áreas internas que demandam grandes investimentos e alocação de pessoal, que poderiam ser usados para aumentar a competitividade e o crescimento da empresa.